Manualidades

Artes criativas: velas, sabonetes, molduras em papel, técnica do guardanapo... email: marina.nobre@sapo.pt

sexta-feira, dezembro 30, 2005

José Eduardo Agualusa


José Eduardo Agualusa
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Simplesmente magnifico. Adorei, li num fôlego!

José Eduardo Agualusa


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De José Eduardo Agualusa só conhecia "Estranhões e Bizarrocos, Estórias para adormecer Anjos" (2000) com ilustrações de Henrique Cayatte, Prémio Nacional de ilustração do IPLB e grande Prémio de Literatura para Crianças da FCG. Posso dizer que são várias histórias maravilhosas que não me canso de ler e contar e que as ilustrações são magnificas.

quarta-feira, dezembro 28, 2005

Henry Warmheart


No dia de Natal entre troca de prendas, houve uma que por ser diferente e original chamou a minha atenção. Era um saco térmico feito manualmente (artesanato portanto) que continha sementes e alfazema e que poderia ser aquecido no micro-ondas ou transformado em saco de gelo quando colocado no congelador. Adorei a ideia, o saco estava feito com um tecido giro e era muito agradavel ao tacto e contacto por causa das sementes sem esquecer o cheirinho agradavel que libertava. Ontem a M. recebeu a visita e a prenda da madrinha J. que se encontra na universidade em Inglaterra e qual não é o meu espanto ao ver o tal saco térmico em formato urso e acabadinho de saír de uma linha de produção fabril. Experimentei logo e posso dizer que 2m de micro-ondas e temos um saco quentinho,sem qualquer perigo de utilização e que assim se mantém pelo menos após 1h30m conforme pude comprovar.
Amei!

Deste viver aqui neste papel descripto


Acabei de ler este livro. No inicio tem-se a sensação de estar a bisbilhotar a correspondência alheia, mas acabamos por ver a historia por detrás das cartas, a história de um homem(das suas angústias, sua solidão, seu desejo...) e de uma mulher cedo separados em nome de uma guerra estúpida e também a história de um nosso passado recente. Para mim que nasci em Luanda qualquer livro que fale de Angola me interessa, embora o António Lobo Antunes, diga muito mal da minha cidade berço após a sua breve passagem por lá a caminho de outras guerras. Entendo a sua raiva e o seu desespero.
Gostei!

quinta-feira, dezembro 22, 2005

Caixinha de bombons


Caixinha de bombons
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quarta-feira, dezembro 21, 2005

pega de cozinha natalicia


pega de cozinha natalicia
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terça-feira, dezembro 20, 2005

babetes pintados


babetes pintados
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Porta-cd


Porta-cd
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sábado, dezembro 17, 2005

Esquema cachecol


Esquema cachecol
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sexta-feira, dezembro 16, 2005

Earrings from Rachael


Earrings from Rachael
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mais uma prendinha de Natal


mais uma prendinha de Natal
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camisola feita para a Mariana

Camisola para oferecer no Natal a um menino rabino

International trade


International trade
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5º e último postal


5º e último postal
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quarta-feira, dezembro 14, 2005

Prato natalicio


Prato natalicio
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domingo, dezembro 11, 2005

A Rainha Felismina


A Rainha Felismina
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Boas vindas natalicias


Boas vindas natalicias
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quinta-feira, dezembro 08, 2005

Carteira quilt


Carteira quilt
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Carteira quilt


Carteira quilt
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Acabada!!!!

Japanese quilt

Esta arte do patchwork sempre me fascinou. Depois de várias visitas ao blog da Rosa Pomar, de ler algumas das suas considerações sobre esta matéria, bem como conselhos sobre livros e outros blogs, resolvi se guir os conselhos desta "expert" e que faz coisas tão maravilhosas e comprei um livro Japonês para fazer carteiras em quilt. Adorei e apetecia-me fazer tudo. Tenho uma carteira em mãos, quase, quase pronta...





Crazy quilt


Criado na Inglaterra Vitoriana, diferencia-se pela composição irregular dos retalhos e por apresentar aplicação de bordados, predarias e outras enfeites.

Remendar roupas rasgadas com retalhos já era prática comum na antiguidade. Com o passar dos séculos, o que constituía simples medida de economia acabou virando recurso estilístico, e assim surgiram os tecidos feitos de retaçhos, conhecidos como patchwork ou quilt. Representativos de várias épocas, eles foram encontrados no Egipto, Assíria, India, Japão, Holanda e América do Norte. A técnica consiste em unir pedaços de tecidos de cores e estampas diferentes ou aplicar retalhos sobre um tecido neutro de base, formando uma figura. Mas há inúmeras variações. A mais peculiar, sem dúvida, é o crazy quilt, que foi inventado na Inglaterra, durante a Era Vitoriana (1837-1901). Ele propõe uma configuração aparentemente caótica, com pontos de arremate no contorno dos blocos e aplicação de bordados, pedrarias e outros enfeites sobre as costuras. O efeito final é incontestavelmente uma surpresa, uma espécie de caleidoscópio desvairado, que causa as mais diferentes impressões conforme o ângulo de visão. A invenção do crazy quilt tem ligação directa com a rainha Vitória, da Grâ-Bretanha. Inconformada com a perda do esposo, Albert; ela passou a colecionar infindáveis objectos como lembrança, chegando a entulhar inúmeros cômodos e corredores do Castelo de Windsor.. Os decoradores da época incorporaram a novidade e reproduziram a "bagunça" da rainha nos ambientes mais nobres. As mulheres aderiram ao estilo e passaram a fazer patchwork com tecidos extravagantes, combinando cores vivas e contrastantes e improvisando desenhos. As primeira peças confeccionadas serviam exclusivamente como colcha, mas logo o crazy estendeu seus domínios, aparecendo no salão de visitas, jogado sobre o encosto dos sofás, esticado sobre os pianos e até preso nas paredes, como panôs, para que todos pudessem apreciar. O esforço das mulheres em deixar as casas ricamente adornadas tinha ares de competição, que era estimulada pela grande afinidade dos britânicos com os trabalhos manuais. Eles costumavam apregoar que "mãos alegres são mãos ocupadas". Assim, esta variante do patchwork encontrou campo fértil para se desenvolver. Quem mais beneficiou deste modismo foram os comerciantes de sedas, que começaram a vender livros com sugestões de modelos para incentivar a ousadia das mulheres. Destacavam-se os desenhos assimétricos japoneses, bastante adequados à técnica, riscos de animais ou insectos - em especial aranhas - e flores. Entre os temas clássicos, também vale destacar a figura de menina cunhada por Kate Greenaway, uma pintora e ilustradora inglesa popular na segunda metade do sec. XIX. A menina tornou-se marca registada do crazy, aparecendo sozinha ou com ouitras crianças em toda a peça que se prezava. Além dos tecidos nobres, as mulheres descobriram outra matéria-prima que se tornaria uma coqueluche. Eram tirinhas rectangulares de tecido encontradas nos maços de cigarros e caixas de charuto, em que figuravam celebridades da época, como actores, estrelas da ópera, políticos e também animais, indios e até bandeiras. Essas fitinhas, juntamente com tecidos estampados com delicadas pinturas a óleo seguindo as mesmas temáticas, ajudavam o crazy quilt a cumprir o seu papel, o de documento histórico. Datas importantes, como casamentos, aniversários e falecimentos eram geralmente bordadas nos trabalhos, além das iniciais do artesão ou do casal. Pedaços de tecidos de roupas, lenços e gravatas davam um toque pessoal às criações, que se assemelhavam a álbuns de recordações ou mesmo diários pessoais. As mulheres das fazendas, que não tinham acesso fácil aos tecidos luxuosos, recorriam à lã e ao algodão. Suas confecções eram mais simples, mas, nem por isso, menos importantes, já que retratavam as ambições e sonhos da vida rural. Aliás, foi por conta dessa característica documental que o quilt foi exportado para os Estados Unidos, divulgando a cultura europeia. O sucesso foi imediato. Já em 1876, acontecia na Filadélfia a Exposição Centenária, mostrando a popularidade e desenvolvimento do crazy quilt na América. As lojas femininas viviam fartas de material diversificado e dicas para as confeccionistas. As moças aprendiam a técnica juntamente com os trabalhos domésticos enquanto noivavam. Conta-se até que elas só poderiam casar-se após terem feito 13 peças, como um símbolo de maturidade e preparo para a vida conjugal. Uma prática muito comum desde o final do séc. XIX e que se mantém até hoje, é a de um grupo de mulheres se reunir e costurar conjuntamente uma colcha para presentear uma amiga ou parente. Cada uma é responsável por um bloco do crazy quilt e nele pode expressar suas mensagens, sentimentos e dedicatórias. Esta tradição de produzir colectivamente fez com que surgissem clubes onde os associados compartilham experiências e ideias. Hoje há vários deles espalhados pelo mundo e quase todos se comunicam entre si através do que se chama de "Quilter's Network".

Reportagem de Danielle Arantes Giannini
Revista Faça Fácil nº 142